RSA - FUTSAL

Entrevista a Carlos Vaz

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Uma pessoa exigente e ambiciosa...

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"A primeira equipa chamava-se Neuchatel Xamion"

Em que ano ingressaste nos RSA?

Estou nos RSA, julgo que desde o início (época 92/93). A base desta equipa formou-se num grupo de jovens residentes, na sua maioria, em Moscavide, e que até essa altura participavam em vários Torneios, nomeadamente nos Jogos da Cidade de Lisboa, com a designação, no mínimo peculiar, «Neuchatel Xamon». Lembro-me de alguns jogadores que fizeram parte dessa equipa, como o Macau, o Pinto, o Rui Miguel, o Jorge Felgueiras, o Segurado... e os treinadores eram o Carlos Almeida e o Filipe Felgueiras. Peço desculpa, e de certeza que sim, se me esqueci de alguém.

E desde que estás na equipa qual foi o teu trajecto?

No início fui jogador (na altura era o José Carlos – irmão do Rui Miguel, treinador, posteriormente o Nuno Martins), depois fui treinador desde a época 94/95 até 2001/2002. Actualmente «dou uns pontapés» e faço a gestão financeira e logística da equipa.

"Falta de apoios..."

O que gostarias de destacar pela positiva e pela negativa nesse trajecto?

Pela positiva, o ter integrado estes anos todos um grupo, de amigos, tão peculiar, e ter "abraçado" várias funções na equipa, o que me deu algum "background" para lidar com outras situações do dia-a-dia, nomeadamente a nível profissional. Pela negativa, o não ter podido, devido às minhas inúmeras lesões, dar o meu contributo «a sério» como jogador a esta equipa, e também, por culpa do grupo e por falta de apoios, nunca ter participado nos campeonatos de futsal (futebol salão na altura).

E que balanço fazes destes anos de RSA?

Como sou uma pessoa exigente comigo mesmo e também em todos os projectos, sejam eles profissionais ou pessoais, que integro, não posso dizer que tenha sido positivo, nomeadamente pelas razões acima mencionadas, embora o lado humano tenha compensado, em parte, esta minha, digamos... frustração.

O que te marcou mais pela positiva? E pela negativa?

Não sou pessoa de ficar agarrada ao passado, e de lembrar situações, não digo negativas, mas "menos positivas", visto que o que interessa é seguir em frente dando sempre o nosso melhor. Pela positiva, não posso deixar de destacar o «clima» excepcional da equipa nos priemiros Torneios que efectuámos na Portela de Sacavém, assim como, o 1º Torneio que ganhámos em Vila Boim, no Verão de 1999.

A nível individual como sentiste o progresso enquanto jogador?

Infelizmente não houve progresso, mas sim retrocesso, visto que desde os meus 25 anos me lesionei e tal me impediu de jogar no máximo das minhas capacidades. Como nunca consegui curar-me em definitivo, fiquei sempre condicionado para poder dar o meu melhor, em termos futebolísticos, à equipa. Actualmente limito-me a não deixar morrer esta equipa e a matar o vício da bola. Como o actual treinador ainda acha que posso dar o meu contributo à equipa, cá estou ...

Quais as competições que já ganhaste? Qual foi a que te deu mais gozo?

Tal como referi anteriormente o Torneio de Vila Boim no Verão de 1999. Também me deu um certo gozo, apesar de ter sido 2º lugar, o Torneio da Portela em 1996 em que perdemos 2-1 contra os 586. Era um ambiente exterior, e mesmo a nível de arbitragem, totalmente adverso, mas mesmo assim fizemos um Torneio fantástico.

Qual é a posição no campo em que te sentes mais à vontade? E pq?

Sempre gostei mais de jogar a fixo, embora agora devido às minhas limitações físicas me tenha "deslocado" para ala, de preferência, esquerda.

Ès conhecido pelo teu sentido crítico. Queres comentar?

Sou uma pessoa exigente e ambiciosa, por isso se dou o meu melhor, o mínimo que posso fazer é exigir que os elementos que me rodeiam também o façam, e quando tal não acontece ...

Achas que estás melhor jogador que há alguns anos atrás?

Infelizmente não.

A evolução dos RSA tem sido positiva? O caminho certo é este?

Não, e julgo que não podemos aspirar a grandes objectivos. Apesar de com o novo treinador e as suas ideias inovadoras ter havido uma "lufada de ar fresco" que não tem sido aproveitada pela maior parte dos elementos do plantel. Penso que é normal! O pessoal vai «assentando» e depois outras obrigações aparecem, mas temos que contornar este problema.

"...fazer sacrifícios pelos RSA..."

Que pensas que é preciso fazer para que sejamos uma equipa melhor?

Acreditar neste novo treinador e na sua vontade de fazer algo mais, mas também cada elemento da equipa deve «sensibilizar» a família, para que compreendam alguns sacrifícios que jogar nos RSA pode representar, de modo a estarmos TODOS de «corpo e alma» com os objectivos do treinador e das metas que ele, ainda, pretende atingir.

A base da equipa é a mesma já há alguns anos. Isso é positivo?

Estranhamente, e no nosso caso, não.

Como vês a entrada de novos membros na equipa?

Desde que venham com vontade de melhorar o espírito de grupo da equipa assim como a qualidade futebolística, são sempre bem vindos

Opinião sobre os elementos do plantel

Mak - Uma das espinhas dorsais dos RSA. Só é pena a sua maneira de ser não lhe permitir ser um líder.

Godinho - sua dedicação e gosto pelo grupo é única.

Pinto - Era também uma das trave mestras da equipa. Infelizmente, e apesar de ser capitão, a sua influência já não é a mesma devido a não poder-se dedicar tanto à equipa.

Nuno - Exemplo de dedicação e sofrimento pela equipa. Um líder dentro de campo.

Pedro - Incutiu uma nova energia nos «moribundos» RSA. Uma MAIS valia em todos os aspectos.

Almeida - Para mim, caso conseguisse controlar os seus ímpetos dentro de campo, principalmente em competição, seria o capitão.

Bruno - Enormes potencialidades que a sua «mente», por vezes, não deixa explanar.

Xano - Tem potencialidades únicas, que o poderiam tornar num jogador imprescindível para a equipa. Infelizmente não quer.

Rui Miguel - Em termos de dedicação à equipa não há muitos como ele, embora, e devido a factores que não importa referir, tenha vindo a decrescer de produtividade. O que é pena porque tem uma técnica, digamos, desconcertante.

Barroso - Seria uma mais valia se quisesse (ou pudesse). É pena.

Sandro - Penso ser uma mais valia, mas ainda não mostrou que podemos contar com ele a ser 100%

Miguel - Outro elemento, que devido à sua vida particular se ausentou por uns tempos, mas já demonstrou ao longo destes anos todos, nomeadamente quando a equipa ficou sem treinador o seu amor aos RSA. Outra trave mestra da equipa.

Hugo - Uma mais valia em todos os aspectos. Se todos os novos elementos fossem como ele a equipa de certeza que tinha um excelente futuro.

Gia - Mais um exemplo de dedicação, embora algo controverso nas suas atitudes. Faz da polivalência a sua arma.

Cabrita - Passou ao lado de uma grande carreira, tanto a nível dos RSA como, principalmente, a nível profissional. Não tem mentalidade para a competição "a brincar" quanto mais a profissional. É uma pena.

Ferro - Evoluiu bastante, mas ainda pode, e deve, evoluir mais.

Marco - Apesar de, ainda, não o conhecer, visto que integrou, e bem, recentemente o grupo, tem características físicas, únicas na equipa, que poderão ser úteis ao grupo.

Pedro (treinador) - A bóia de salvação da equipa. Ambicioso. Espero que continue por muitos anos, caso contrário o projecto está sujeito a acabar.

 

Entrevista realizada por: Pedro Mendonça